segunda-feira, 16 de setembro de 2013
O fogo eterno
Mantida acesa desde os tempos da Revolução Farroupilha (1835-1845), a chama é cuidada pela família Simões Pires há mais de 150 anos, na Fazenda Boqueirão, no município de São Sepé (distante 264 km de Porto Alegre/RS). São seis gerações dedicadas ao fogo. A chama das toras de madeira de lei, chamadas guarda-fogo, aqueceu David Canabarro, um dos heróis da Revolução Farroupilha, Silveira Martins, líder maragato da Revolução Federalista, de 1893, e vários personagens da Revolução de 30.
Quem chega à fazenda geralmente procura pela fumaça, mas o fogo, feito no chão, está dentro de um galpão fechado. Por esse motivo o teto do local está coberto por picumã. O que torna o ambiente ainda mais peculiar.
No princípio, o fogo aquecia os gaúchos que lidavam com o gado no campo e aproveitavam as horas de descanso para tomar chimarrão, bebida típica no Rio Grande do Sul. Hoje, o mesmo fogo alimenta a chama crioula para as comemorações da Semana Farroupilha.
A Fazenda Boqueirão, localizada às margens da BR-392, já recebeu milhares de visitantes de todo Brasil e é ponto de encontro de romarias nativistas e tradicionalistas dedicadas a cultuar o fogo que não se apaga.
Localização: A visitação à aberta ao público. Para chegar lá, quem vai pela BR-392, sentido São Sepé-Santa Maria, é localizada ao lado esquerdo, antes de chegar no distrito de Vila Blok. Já para quem vem de Santa Maria, está ao lado direito, logo que passa a Vila Blok.
Para entender:
Chimarrão: bebida típica do Rio Grande do Sul feita a partir de água quente e erva-mate, servida em uma cuia feita de porongo.
Chama crioula: símbolo da tradição rio-grandense instituído em 1947, durante o movimento tradicionalista liderado por Paixão Côrtes.
Picumã: fuligem; teia de aranha enegrecida pela fuligem e engrossada pela poeira aderente.
Semana Farroupilha: evento festivo da Cultura Gaúcha que homenageia os líderes da Revolução Farroupilha, comemorado de 14 a 20 de setembro.
Entrada da Fazenda Boqueirão, BR 392:
A família Simões Pires cultua há seis gerações a chama que não se apaga
Fogo aceso há mais de 150 anos
O fogo é alimentado pelos guarda-fogo, toras de madeira de lei
Pelas paredes pode-se ver diversas placas de homenagens
O galpão segue com sua estrutura original
E também segue organizado da maneira original
fonte: http://www.portosul-rs.com/?page_id=3439
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Muito interessante este tipo de tradição, devia ser mais divulgado.
ResponderExcluir