quinta-feira, 14 de junho de 2012
Rio Grande do Sul e Uruguai
"Quem quiser conhecer a cultura e folclore do Rio Grande do Sul necessita conhecer a identidade e o modo de vida do Uruguai.
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O Uruguai, além de sua tradicional hospitalidade a todos os povos, ideologias e credos, recebeu, e continua a receber, turistas brasileiros e em especial do Rio Grande do Sul que ale sentem-se em casa. Em todos os momentos políticos brasileiros e sul-rio-grandenses o Uruguai foi um refúgio seguro e hospitaleiro. As raízes lusitanas da Colônia do Sacramento, os vínculos açorianos, os tambores africanos, o Forte de Santa Teresa construído pelo exército português estão em boas mãos e preservados com todo esmero que é possível para esta economia. Os ideais republicanos ali amadureceram ao longo da proclamação e da afirmação da República Brasileira ou se espelhava de nesta soberania com profunda integração política.
A cultura e o folclore do Rio Grande do Sul tiveram forte influência da identidade, da cultura e do folclore do Uruguai. Encarregados por Dante Laytano de preparar a III Semana Nacional de Folclore promovido pelo IBECC em Porto Alegre os jovens Paixão Cortes e Barbosa Lessa seguiram, no início de 1950, para Montevidéu de onde trouxera danças e indumentárias dos atuais Centros de Tradições Gaúchas (CTG’s).
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Acorreram a Porto Alegre, entre os dias 22 a 29 de agosto de 1950, pesquisadores, como o potiguar Câmara Cascudo, os paulistas Rossini Tavares de Lima e Mainard Araújo. Cecília Meireles veio do Rio de Janeiro. Renato de Almeida presidiu o encontro, coordenado por Dante Laytano e por Érico Veríssimo.
No palco do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul apresentaram-se, nessa III Semana Nacional de Folclore, os integrantes do Centro de Tradições Gaúchas “35” (CTG-35) com Paixão Cortes e Barbosa Lessa, interpretando aquilo que haviam aprendido no meio do seu povo e se espelhando naquilo que já havia sido realizado no território do Uruguai.
Ressalte-se a origem do agrônomo e folclorista Paixão Cortes da cidade de Livramento, uma das cidades em notável simbiose cultural e econômica com a cidade uruguaia de Rivera. Cidades divididas por uma avenida que mais une do que separa as duas nacionalidades.
Fonte: http://naofoinogrito.blogspot.com.br
Autor: Prof. Círio Simon, Professor Doutor em História da Arte.
ciriosimon@cpovo.net
www.ciriosimon.pro.br
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